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Aumento dos preços nos alimentos: quais fatores influenciam?

Data de publicação: 14/03/2024

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de setembro de 2021 indicou aumento nos alimentos 1,05%, parece uma porcentagem baixa, mas pesa para o consumidor.

Além disso, o índice também apontou alta na gasolina (1,72%), energia elétrica (3,05%) e passagem área (11,50%). Nesse sentido, podemos prever que quanto mais esses bens caros custam, mais impacta no bolso do consumidor.

Enquanto isso, segundo o IBGE (2021) o desemprego bateu 14,6% e atingiu 14,8 milhões de brasileiros sendo uma das maiores taxas registradas desde 2012.

3 fatores que influenciam

Inflação global

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aponta desde o começo do ano que a inflação subiu 5,9%, uma das maiores altas em duas décadas.

A inflação influencia na alta do preço de alimentos, pois grande parte do nosso consumo vem de commodities que são produtos primários que servem como matéria-prima para a fabricação de outros.

Nesse sentido, as commodities elas podem ser dividias em quatro grupos: agropecuárias, minerais, ambientais e financeiras.

Assim, elas podem ser importadas ou exportadas para outros países, no entanto, se a inflação sobe, consequentemente, os preços também. Por isso, fica mais caro importar um insumo.

Desvalorização do real

Até abril de 2021, a Austin Rating realizou um levantamento que mostra quais moedas perderam o valor em relação ao dólar e o Brasil aparece em sétimo. Só em 2021, o real caiu 7,7%.

Essa instabilidade da moeda brasileira é devido à crise econômica que o país vivencia assim fica instável para investimento estrangeiro.

Somando isso com o preço das commodities que são comercializadas em dólar fica muito caro importá-las, já que o real está desvalorizado em relação ao dólar.

Alta demanda para pouca oferta

As famílias de baixa renda são as que mais sofrem com a alta demanda para pouca oferta, princialmente, diante do cenário pandêmico que intensificou e piorou o poder de compra.

Esse fenômeno é conhecido por Lei da Oferta e Procura, uma teoria da economia clássica criada por Adam Smith, em que determina os preços no mercado.

Quando a demanda e oferta não estão equilíbrios desencadeia essa instabilidade de preços e influencia na vida do vendedor que oferta e do consumidor que demanda por produto.

Aumento dos preços nos alimentos em consonância com aumento da fome

Segundo uma pesquisa do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, mais de 19 milhões de brasileiros enfrentam a fome. Esse número corresponde a praticamente a população da grande São Paulo.

O Inquérito foi realizado em 2.180 domicílios nas cinco regiões do país, em áreas urbanas e rurais, entre 5 e 24 de dezembro de 2020.

A pesquisa alerta que a combinação das crises econômica, política e sanitária provocou uma imensa redução da segurança alimentar em todo o Brasil.

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